quarta-feira, 17 de março de 2010

entrevista do vice governador Antonio Anastasia


Transcrição da entrevista do vice-governador professor Antonio Anastasia no aeroporto de Poços de Caldas 


Data: 17/03/10
Local: Poços de Caldas
A partir do dia 5 o senhor assume, mas o senhor também é candidato. O senhor pretende em algum momento também sair do Governo de Minas para cuidar da sua candidatura?
Bem, a questão da reeleição no Brasil já é uma questão consagrada há mais de 10 anos. Então já há legislação eleitoral, já há o costume, as práticas já estão postas. Então não há necessidade, de eu sendo candidato a reeleição, de deixar o Governo. Então, naturalmente, é possível compatibilizar e conciliar sempre com muito respeito a legislação às atividades de governador do Estado e de candidato.
Já que o senhor vai assumir como governador, a gente tem uma questão hoje aqui em Minas Gerais com relação ao ICMS, que ele é maior do que o praticado em São Paulo e, com isso, o preço do álcool em Minas é maior do que o de São Paulo. Existe algum projeto do Governo de Minas para reduzir esse ICMS e fazer com que esse combustível tenha um valor melhor?
É porque em Minas nós temos esse valor um pouco mais alto de álcool, mas temos o mais barato do Brasil de gasolina. Existe, na verdade, uma espécie de compensação, até porque os dois combustíveis hoje estão praticamente juntos. Então na média nós temos um combustível muito competitivo. Agora, todo tipo de benefício nós temos de imaginar como nós iríamos repor essa eventual perda da receita do Estado. Mas acredito que nossa estratégia agora de legislação tributária tem sido muito até agressiva e positiva, com a possibilidade de nós mantermos nossos produtos sempre competitivos, como é o caso, especialmente, da gasolina.
Então nenhuma previsão de reduzir o ICMS?
Todo o objeto de redução do ICMS, inclusive, depende do Confaz, que é o Conselho Nacional de Secretarias de Fazenda, e volto a dizer, qualquer tipo de benefício significa também apontar no orçamento aonde nós diminuiríamos os investimentos e diminuiríamos as questões de custeio. E hoje nós lamentavelmente não podemos fazer isso. Então neste momento, de fato, nós estamos avaliando como atrair mais empresas, e o caso do gás aqui é sintomático para isso, para gerar mais receita, aumentar a base da riqueza do Estado e aí sim conseguirmos melhorar ainda mais a nossa legislação tributária, que aliás, depois de décadas de história, no nosso Governo, no Governo Aécio Neves, conseguimos reduzir o ICMS de mais de 100 produtos, aqueles da cesta básica.

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