Consultando o dicionário, descobrimos que cidadão é a pessoa que se identifica culturalmente como parte de um território e seus costumes; é aquele que usufrui dos direitos e que cumpre os deveres estabelecidos em Lei. Assim, exercer a cidadania é ter consciência das suas possibilidades e obrigações, é lutar para que o que é justo e correto seja posto em prática, é entender que cada ação tem um efeito para si e para os outros.
No entanto precisamos saber que os direitos que nos caxambuenses temos não nos foram conferidos, mas sim conquistados. E na maioria das vezes compreendemos os direitos como uma concessão, um favor de quem está no poder para os que estão em baixo. Contudo, a cidadania não nos é dada, ela é construída e conquistada a partir da nossa capacidade de organização, participação e intervenção social.
A cidadania não surge do nada como um truque de mágica, nem tão pouco a simples conquista legal de alguns direitos significa a realização destes direitos. É necessário que nós cidadãos participemos, sejamos ativos, façamos valer nossos direitos. Não será simplesmente porque existem leis, que automaticamente deixarão de existir os desrespeitos aos nossos direitos ou então estes direitos se tornarão efetivos? Não! Se o cidadão não se apropriar desses direitos fazendo-os valer, esses serão letra morta, ficarão só no papel.
Construir cidadania é também construir novas relações e consciências. A cidadania é algo que não se aprende com os livros, mas com a convivência, na vida social e pública. É no convívio do dia-a-dia que exercitamos a nossa cidadania, através das relações que estabelecemos com os outros, com a coisa pública e o próprio meio ambiente. A cidadania deve ser exercida diariamente porque cidadania é tarefa que não termina. A cidadania não é como um dever de casa, onde faço a minha parte, apresento e pronto, acabou. Enquanto seres inacabados que somos, sempre estaremos buscando, descobrindo, criando e tomando consciência mais ampla dos nossos direitos. Nunca poderemos chegar e entregar a tarefa pronta, pois novos desafios na vida social surgirão, demandando novas conquistas e, portanto, mais cidadania.
A cidadania expressa um conjunto de direitos que nos dá a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de nossa cidade. Quem não tem cidadania está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando numa posição de inferioridade dentro do grupo social.
A verdadeira cidadania se constrói com a prática da política e não da politicagem, fazer política é amar pessoas compromissadamente; politicagem é usar pessoas descaradamente; Política é uma missão totalmente divina; politicagem é uma prática genuinamente satânica; Política implica em respeitar, preservar e defender as instituições para que elas alcancem seus objetivos de promover as pessoas; Politicagem implica em manipular as instituições para que sirvam a objetivos corporativos e pessoais; Política é a arte de estabelecer fundamentos para o futuro a fim de que a próxima geração seja beneficiada, celebrando com gratidão a memória dos estadistas do passado; politicagem é o legado imoral recebido por filhos que dizem sem constrangimento: “estamos curtindo o que nossos pais roubaram do povo no passado”.
A escolha é sua. Você pode achar que não tem mais jeito e não fazer nada por sua cidade ou você pode se juntar às pessoas que querem fazer e criar soluções.
“Todo homem que se vende recebe muito mais do que vale.” - Barão de Itararé
“Tolo é aquele que afundou seu navio duas vezes e ainda culpa o mar” - Publilus Syrus
Guilherme Pereira
politicacidadania@gmail.com
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