Homenagem aos que vivem da notícia
Salve, salve leitoras e leitores queridos! Gostaria de pedi-los, por obséquio, uma grande licença para me render em homenagens aos meus prezados companheiros de imprensa, afinal dia 7 de abril foi comemorado o dia do jornalista. E, por favor, não se trata de um discurso corporativista, porque também sei que existem aqueles que utilizam as nossas funções para manchar a índole dos que exercem seu cargo com ética, transparência e dedicação.
Mas voltando ao assunto, para homenagear aos grandes profissionais, preciso citar os que mais admiro neste segmento. O que falar, por exemplo, de Alexandre Garcia, perseverante em seus posicionamentos críticos para citar as peripécias de políticos como os “Arrudas, Collors e Malufs da vida”. O jornalista abusa de seu vocabulário rico para qualificar corruptos de terno com adjetivos apropriados sem necessitar do uso estapafúrdio do português. Ele nos lembra que precisamos renovar o nosso espírito de cidadania e ao mesmo tempo indignação.
O que dizer de Ricardo Boechat, profissional exemplar que se divide em seu tempo integral para disseminar as informações na rádio Bandeirantes e na própria emissora de televisão. Ser humano que deveria ter como sobrenome “dedicação e amor ao jornalismo” e que por meio do seu olhar crítico transparece ao telespectador a credibilidade.
E Boris Cazoy, o homem que lançou o chavão “Isto é uma vergonha”, retrato da inconformidade e da revolta diante da inércia das autoridades que nada fazem para mudar quadros perplexos de calamidade e de caos que se imperam diante de gestores públicos, que só utilizam a janela para testemunhar em silêncio a própria falta de capacidade de administrar problemas.
O que comentar da extraordinária Marília Gabriela, mulher sedenta de conhecimento e aficionada pela juventude masculina. Ao brincar com Marília, sinto-me à vontade para dizer que minha faixa etária não agradaria a ela, mas brincadeiras a parte, eu me reverencio para citar esta mulher como uma das maiores entrevistadoras do País, uma profissional capaz de retirar frases impactantes e competente para tornar uma entrevista mediana em um relato de confissões inesquecíveis.
Na lista de jornalistas que exalam competência, criatividade e desempenho diferenciado, não poderia deixar-me de render a Arnaldo Jabor, jornalista, crítico por si só, um verdadeiro malabarista com as palavras e muitas vezes o maior cético da política brasileira, minucioso na hora de empregar as palavras, o verdadeiro dono da hibridação entre a crítica e a poesia.
A minha singela, mas sincera reverência ao meu amigo jornalista Marcelo Rios, colunista social do jornal Hoje em Dia há muitos anos, periódico belo-horizontino, guaxupeano de nascença, homem da capital por coração, coração que não resistiu a um Câncer avassalador e que deixa a imprensa mineira mais triste. Jornalista que já venceu o Prêmio Esso, que já havia vestido de repórter policial, mas que pela sua capacidade de se socializar com o mundo, tornou-se uma das grandes referências do jornalismo cultural, de moda, das artes. A ele, a nossa homenagem e uma grande saudade do seu brilhantismo.
Para terminar, como não mencionar Armando Nogueira, o craque das palavras, o exímio mágico das estrofes, a sensibilidade empregada nas discussões as quais se envolvia, o professor de todos nós, o maior sábio das crônicas esportivas, o nosso profundo respeito e admiração por tudo que ouvimos, lemos e vimos. Saudades mestre!
Aos meus colegas jornalistas, o meu afetuoso abraço e a homenagem deste pobre aprendiz! Viva!
Att,
Ricardo Gandra
Palestras de Comunicação e Marketing
31 9249-0441
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