Governador mantém conversas com partidos aliados para definir secretariado. Pasta de Trabalho e Renda deve ser ocupada por Luiz Carlos Miranda, primeiro suplente do PDT
Bertha Maakaroun - Publicação: 27/11/2010 08:19 Atualização: 27/11/2010 08:42
Com dificuldade política para puxar um dos deputados estaduais da bancada do PDT para o primeiro escalão, o governador reeleito Antonio Anastasia (PSDB) deverá convidar para a nova pasta de Trabalho e Renda, a ser desmembrada da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social, Luiz Carlos Miranda, primeiro suplente do PDT na Assembleia Legislativa. Miranda esteve nessa sexta-feira em visita a Anastasia, acompanhado do deputado federal reeleito Paulinho da Força Sindical (PDT-SP), depois de o governador ter tomado café com as bancadas e representantes da legenda.
Segundo o presidente regional do PDT, Paulo César, Anastasia sugeriu que a legenda também manterá a secretaria extraordinária que já ocupa, para assuntos de reforma agrária. É pouco provável que seja chamado para o governo um dos dois deputados federais pedetistas eleitos. Há dúvidas no Palácio Tiradentes em relação à natureza do envolvimento na campanha de Anastasia do deputado federal Mário Heringer (PDT), que não se reelegeu e está na primeira suplência. Além disso há quem argumente que Heringer tem dificuldades com membros do Judiciário mineiro, o que não é desejável para o governo.
Antonio Anastasia continua se reunindo com as legendas e ouvindo os partidos, mas fechado em copas sobre a composição do governo. Nesta segunda-feira ele sentará com os democratas, que têm uma lista de reivindicações e de mágoas, porque não foram representados na chapa majoritária na coligação. Mas só depois da aprovação da Lei Delegada, enviada à Assembleia Legislativa, que o
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Disputas Algumas pastas serão técnicas, como a Fazenda, onde é cotado o secretário adjunto Pedro Meneguetti. Para o Planejamento e Gestão, é dado como certa a recondução de Renata Vilhena. Para evitar embates dentro da burocracia, a tendência de Anastasia é retirar do Planejamento o comitê de Gestão das Obras da Copa, hoje sob a coordenação de Tadeu Barreto – o mesmo que responde pelo programa Estado para Resultados. As obras da Copa iriam para a Secretaria de Esportes. O governador considera ser melhor que um só gestor conduza o programa, evitando disputas dentro do governo, como ocorreram entre Tadeu Barreto e o deputado estadual Gustavo Corrêa (DEM), quando este foi secretário de Esportes.
Se a pasta de Esportes se fortalecer com a nova atribuição, Corrêa é o nome que desponta, resolvendo o problema político de entregar aos democratas uma secretaria de peso. O deputado federal Carlos Melles (DEM) está cotado para a Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Para a Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em que pese o deputado estadual Antônio Carlos Arantes (PSC), ligado a Melles, ter o nome colocado, cresceu ontem a possibilidade de convite ao deputado federal Silas Brasileiro (PMDB), que não se reelegeu e foi apoiador de primeira hora de Anastasia. Dessa forma o governador acena ao PMDB, que quer integrar a base, ao mesmo tempo em que garante na administração um nome com quem tem afinidade política.
Na Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior a mudança é certa. Alberto Portugal, que também foi presidente da Embrapa no governo Fernando Henrique Cardoso, não permanecerá. A tendência é de que seja nomeado alguém vinculado à academia. Já para a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, o deputado estadual Agostinho Patrus (PV) é o preferido. Mas também é lembrado para a Secretaria de Desenvolvimento Regional e Política Urbana. O único inconveniente é que o deputado federal Rodrigo de Castro (PSDB) é também um nome desejado no governo, particularmente para uma pasta com visibilidade em Belo Horizonte. Seria o caso da Política Urbana, que deverá receber muitos investimentos, inclusive internacionais, na área de saneamento.
Agrado Embora para a Secretaria de Transportes e Obras Públicas o governador tenha decidido nomear um nome técnico, cresce a possibilidade de um político com esse perfil, como o do deputado federal Alexandre Silveira (PPS), ex-diretor do Dnit no governo Lula. É uma forma de agradar ao PPS, que não pode ter um papel marginal nesse governo, dado que foi muito presente na campanha, oferecendo-lhe a pasta que irá coordenar o Programa Caminhos de Minas, de interligação rodoviária regional, com financiamento internacional.
Enquanto para a Secretaria de Saúde Anastasia pensa em um político com formação econômica, para a Secretaria de Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e Norte de Minas, que vai receber mais investimentos neste governo, está cotado o deputado estadual Gil Pereira (PP). As joias da coroa, Cemig e Codemig, também estão disputadas entre aliados. Na Cemig, está cotado Fernando Henrique Schüfner, atual diretor de Distribuição. Mas também tem crescido o nome de Oswaldo Borges da Costa, atual presidente da Codemig. Por seu turno, para a Codemig, além do presidente do Sicepot, Alberto José Salum, tem sido considerado Luiz Augusto de Barros, muito ligado a Anastasia
Fonte portal uai!
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